Para abordar os cuidados com a saúde masculina, a Comissão de Saúde da Ascop promoveu na última quinta-feira (17/11) uma Roda de Conversa no formato virtual para marcar a campanha Novembro Azul. A live foi transmitida no Facebook da Ascop e teve três convidados: o médico urologista Felipe Barbeta, Antonio Marcos de Souza, idealizador da Rede Nacional Saúde do Homem e Jefferson Zomignan, presidente da Rede Saúde do Homem de Santa Catarina. Com a mediação do Paulo Zunino (CRMV-SC), que integra a Comissão, e participação da coordenadora Jaqueline Ijuim (Crefono3-SC), o evento iniciou com uma apresentação do médico Felipe Barbeta, que mostrou dados importantes sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Os dados repassados por ele são preocupantes, como o fato de dois terços dos homens acima de 40 anos no Brasil nunca terem feito o toque retal, sendo que na maioria dos casos por medo de achar algo, desconhecimento ou mesmo pela cultura machista ainda presente. E cerca de metade da população masculina nesta faixa etária nunca fez o exame de sangue que detecta alteração no PSA (Antígeno Prostático Específico). “Historicamente, a maioria das meninas começam a ter acompanhamento assim que menstruam e a partir dali fazem exames anuais, levadas pelas mães e com periodicidade. Enquanto que os homens deixam de fazer este acompanhamento e só procuram o médico quando estão com sintomas”, disse ele.
Este cenário é o mais comum entre os homens atendidos pela Rede Nacional e a Rede Estadual de Saúde do Homem. Os coordenadores deste movimento falaram da importância do diagnóstico precoce, do acolhimento realizado pelos voluntários e as preocupações dos homens em relação à doença. Antonio Marcos e Jefferson foram enfáticos em destacar como o estresse e o trabalho exaustivo desencadeia algumas das doenças masculinas e usaram seus próprios exemplos para deixar como mensagem que é preciso realizar pausas e cuidar de si.
