Comissão de Saúde da Ascop/SC define ações em defesa do SUS e do ensino presencial

Em reunião realizada na última segunda-feira (10/9), na sede do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-SC), os representantes dos conselhos profissionais da área da saúde  ligados à Ascop/SC (Associação dos Conselhos Profissionais) discutiram estratégias para garantir o fortalecimento do Sistema Único de Saúde e para vedar os cursos de ensino a distância nestes campos de conhecimento. São nove profissões regulamentadas: Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária e Nutrição.
Um dos encaminhamentos do encontro foi produzir um documento – chamado de Carta em Defesa da Saúde de Qualidade – para ser entregue a todos os candidatos ao Governo do Estado, ao Senado, à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa, além de divulgá-lo nos canais de comunicação de cada conselho. Para os candidatos a governador, a ideia é entregar em mãos e pedir apoio às causas da saúde.
Outra pauta da reunião foi a mobilização contra os cursos técnicos e de graduação na modalidade de ensino a distância (EaD). Entre os encaminhamentos, ficou decidido solicitar ao Conselho Estadual de Saúde que determine aos conselhos municipais das cidades onde já existem pólos de EaD que façam diligências para conhecer estes cursos. Também serão solicitadas audiências públicas nas câmaras de vereadores destes municípios para debater o assunto com a sociedade.
SAIBA MAIS
Confira quais são as demandas urgentes e importantes definidas pelos conselhos profissionais de saúde para que os próximos governantes e legisladores possam incluir em seus planos de trabalho.

Para garantir a saúde como direito universal a todos os cidadãos, com segurança e qualidade, defendemos:
1 – Financiamento duradouro, justo e adequado para a saúde. Portanto, queremos o compromisso dos elegíveis com uma posição pública contrária em relação às medidas Fiscais e econômicas, em especial, à Emenda Constitucional 95/2016 do “teto de gastos”, que asfixia por 20 anos e fere de morte o SUS e outras políticas sociais.2 – Defesa do SUS e contrários(as) aos ataques promovidos por iniciativas como: o rompimento com a universalidade e integralidade, por meio dos “planos de saúde populares”, a desestruturação da atenção básica, a fragilização do acesso à saúde, o retrocesso na política de saúde mental e assistência farmacêutica, o enfraquecimento da regulação sanitária.

3 – Valorização dos(as) trabalhadores(as) da saúde, combatendo a precarização, a terceirização e a privatização, favorecendo a democratização das relações de trabalho. Queremos o compromisso concreto com a superação dos desafios do SUS, junto à sociedade.

4       – Defesa dos cursos presenciais na área da saúde, com estágios e aulas práticas. Atenção ao tema e apoio à qualidade dos cursos de formação da área da saúde na modalidade presencial.

5       – Controle de medicação de uso veterinário em território catarinense. Trata-se de uma questão de saúde pública humana e veterinária, com graves prejuízos ao Estado, devido ao comércio descontrolado de antibióticos, anestésicos e outros com finalidades entorpecentes.

6       – Número adequado de profissionais nas instituições de saúde. O Governo do Estado mantém os maiores hospitais no território catarinense e o investimento nesta área precisa atender o mínimo exigido na legislação para assegurar um atendimento de qualidade e seguro.

7       – Fortalecimento da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, configurada em Planos, Programas, Estratégias e Ações, a exemplo do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – PLANSAN juntamente com o Programa de Aquisição de Alimentos, com a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, bem como das suas instâncias de controle social.

12 setembro 2018